Percentual era de 16,4% em 2021 e ficou em 13,1% no ano passado; auxílios contribuíram para a queda
O percentual de pessoas em extrema pobreza em Alagoas, ou seja, que viviam com menos de R$ 200 por mês, caiu para 1 3,1 % em 2022, após alcançar o patamar de 1 6,4% em 2021 . Já a proporção daqueles em situação de pobreza, que viviam com até R$ 637 por mês, teve redução de 60,3%, em 2021 , para 54,2% em 2022.
Os dados estão contidos na Síntese de Indicadores Sociais, divulgada no fim do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A publicação analisa estatísticas de fontes como a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por A mostra de Domicílios Contínua), também produzida pelo órgão.
O menor índice de pobreza em A lagoas na série histórica, mensurada desde 201 2, foi registrado no ano de 2020, em plena pandemia (53,7%). Em relação à extrema pobreza, o Estado perde apenas para o Maranhão (com taxa de 1 5%) e A cre (1 4%).Em Maceió, 6,7% da população vivia em extrema pobreza (2022) e também caiu em relação a 2021 , cujo percentual estava em 9,4%.
CONJUNTURA
Na avaliação do economista e professor-doutor da Ufal Cícero Péricles, a queda da pobreza e extrema pobreza em A lagoas, nos anos 2020 e 2022, é um fenômeno conjuntural, influenciado por medidas governamentais, um processo diferente quando a queda da pobreza é alcançada pelo crescimento robusto da economia, com a criação de mais empresas e empregos.
Pela análise dele, no primeiro ano da pandemia, a aprovação, pelo Congresso, de quatro programas de auxílio à economia reduziu fortemente os efeitos das restrições econômicas e da queda de renda, contribuindo para a manutenção do consumo e para um movimento das empresas no Estado. A pobreza e a extrema pobreza caíram em 2020.
“No ano seguinte, 2021 , ocorreu o contrário. A s taxas de endividamento e inadimplência voltaram a crescer em decorrência da aceleração inflacionária, desemprego elevado e da queda da renda média, combinados com a suspensão dos programas emergenciais. Essa nova conjuntura influenciou a renda da população pobre e, claro, aumentou o nível de pobreza”, destacou.
Ele explica que, em 2022, um ano eleitoral, a economia retomou seu ritmo anterior pela reabertura decorrente da superação da pandemia, crescendo pelo segundo ano consecutivo. “Essa conjuntura favorável, mais as medidas governamentais, contribuíram para, outra vez, reduzir a extrema pobreza e a pobreza em A lagoas”.
Já no ano passado, Péricles avalia ser provável que essa tendência de queda da extrema pobreza tenha se mantido em A lagoas por várias razões: a elevação do salário mínimo acima da inflação, além da volta do Bolsa Família, a inflação em queda, o nível de emprego subindo e a economia crescendo.
Fonte: GazetaWeb
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